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Guilherme Silva: "Consciência tranquila e fé que esta equipa consiga funcionar em conjunto"

Terceira entrevista da época, mas a primeira do lado "Este" da competição. Os Knicks de Guilherme Silva são o tema do momento. Não só por terem conquistado o melhor registo da liga, à data da publicação desta entrevista, como também pela "polémica" envolvendo o negócio que trouxe Jaren Jackson Jr para o Madison Square Garden. Sem "hipocrisias", a candidatura ao título está assumida, mas sem esquecer a qualidade dos adversários mais próximos e que podem, de um momento para o outro, roubar o estatuto.



Filipe Pardal - Vamos ter de começar esta entrevista pelo elefante na sala... quando olha para o cacifo de Jaren Jackson Jr no balneário dos Knicks, fica com remorsos ou está de consciência tranquila?


Guilherme Silva - Não vejo elefante, mas vejo aqui muita tromba. É a pergunta que já estava à espera na verdade. Olhando para o cacifo do JJJ fico bastante contente por termos conseguido um jogador que era um dos nossos objetivos iniciais, primeiro no draft e depois no mercado de trocas e que acrescenta real valor à equipa. Além da óbvia vertente defensiva que já fazia parte da nossa identidade, acrescenta poder ofensivo no interior, factor que era uma das lacunas da equipa até ao momento e que já tentamos colmatar no mercado de trocas com muitos outros jogadores diferentes. Portanto sim, consciência tranquila e fé que esta equipa consiga funcionar em conjunto de forma a corresponder às expectativas de todos os que fazem parte do simulador


FP - A capacidade defensiva de que fala ficou, de facto, reforçada. E já é, tanto no papel como dentro de campo, a melhor defesa da liga. É justo dizer que os Knicks, como muitos indicam, são mesmo os principais candidatos ao título?


GS - Não diria os principais candidatos ao título, mas não somos hipócritas ao ponto de não assumir a candidatura, até porque isso pauta pelo que sempre nos regemos em todas as épocas. Agora temos que contar com muitos fatores: as lesões, de que já sofremos; a quantidade de equipas de qualidade que há na liga (especialmente no Este, que sem desprimor para ninguém me parece um pouco mais complicado) e também porque sabemos que temos adversários que a qualquer altura sacam um coelho da cartola - sem metade da polémica - e mudam completamente o panorama da liga.


FP - Com a candidatura assumida, qual define como "mínimo olímpico" para não considerar a época um fracasso?


GS - O nosso mínimo sempre foi o top4 do Este, que me parece já um pouco mais definido nesta fase, mas com o funcionamento da liga nunca se sabe quando é que as coisas voltam a mudar. Apontando mais à frente, diria que o objetivo realista tem que ser a final de conferência, pelo menos. Obviamente que chegando lá temos outro tipo de responsabilidades e queremos realmente vencer no fim, mas com tanta concorrência em qualidade e quantidade não se pode dizer que fosse uma primeira má época. Tudo o que for abaixo disso será considerado um falhanço óbvio, mas essa também já era o compromisso assumido inicialmente.


FP - Em termos de política de mercado, o que ainda podemos esperar dos Knicks? Há espaço para mais negócios, especialmente quando observamos que Smart pode não ser o base ideal para uma equipa campeã e que Bane desceu um pouco de rendimento desde o início.


GS - Podemos continuar a esperar a agressividade habitual na busca de melhores soluções para a equipa. O Smart encaixa aqui muito bem defensivamente, é dos melhores da posição nessa vertente e sabemos que vamos enfrentar PG's dificílimos pelo caminho. A sua maior utilidade está aí, mas o “ponto fraco” está obviamente identificado. Já fizemos inúmeras sondagens por perfis de bases diferentes na liga, mas até agora não tivemos sucesso em nenhuma abordagem. Quanto ao Bane… é uma questão de fit. Tem qualidade nos dois lados do campo e até agora estamos satisfeitos com as suas prestações, até porque ele nunca foi a primeira opção da equipa. Agora o que posso dizer é que, como sempre nas minhas equipas, nunca temos inegociáveis e estamos sempre a procurar formas de melhorar o roster.



FP - Olhando para o resto da liga, quais considera serem os seus principais adversários na luta pelo anel?


GS - Falando ao nível da conferência primeiro, vejo três equipas com mais argumentos do que as outras para já: Bulls, Sixers e Celtics. Temos Orlando que me parece estar a uma troca de assumir uma candidatura, temos Miami que do nada pode dar um clique e conseguir conjugar todo aquele talento amontoado e outras equipas que com uma troca acertada podem dar um óbvio salto de qualidade e causar alguns problemas. No Oeste, vejo obviamente os Grizzlies que me parecem fortíssimos, e com a qualidade do Embiid podem vencer qualquer jogo na liga. Os Kings estão com uma equipa muito interessante e a fazer uma bela época, os Suns já mostraram o que valiam na pré-época e têm um roster muito bem conseguido, e os próprios Blazers também têm toda a capacidade de encarrilar. Mas realço aqui que está tudo muito em aberto, e vejo muita equipa com potencial de ser o joker disto tudo… seja a trocar para melhorar, ou quem aqui está mal e pode trocar as suas estrelas e formar ou fortalecer outros dos contenders já falados.


FP - Há de facto ainda muitas variáveis a ter em conta... e falando de variáveis, quando chegar a hora dos playoffs, vai ser calculista para tentar fugir, por exemplo, a uns Heat ou Magic cedo na competição ou não faz esses jogos de cálculo?


GS - A partir do momento em que assumimos uma candidatura não podemos andar a fugir a confrontos. Como diz o meu italiano favorito “we don’t duck any smoke”, e acredito que temos as peças para defrontar qualquer adversário que venha, pelo que o objetivo será sempre garantir o primeiro lugar da conferência e consequente fator casa e jogar contra quem tivermos que jogar. Posto isto, a nossa besta negra até agora até são os Cavs… que podem ser uma das tais equipas a ter em conta com uma troca dum momento para o outro e especialmente com o departamento médico de que dispõem. Mas como digo, há muita equipa que de um momento para o outro se podem tornar muito perigosas… ou trocar os seus melhores jogadores para outro lado. A experiência na liga já me faz antecipar alguns movimentos, na verdade.


FP - Diga-nos o seu 5 inicial ideal da liga (incluindo GM).


GS - Curry, Doncic, Giannis, Jokic, Embiid. GM Pedro Lança


FP - É um dos old school do ChampNBA ... mas gostávamos de saber a sua opinião sobre a liga até agora e se tem alguma crítica ou sugestão a fazer? Obrigado pelo tempo e disponibilidade de sempre!


GS - A minha opinião sobre a liga é a mesma de sempre: incrível, com excelentes dinâmicas tanto de simulação como de participação e sempre aberta a sugestões de melhoramentos, como deve ser. Nós como GM's temos o dever de cumprir com o mínimo dos requisitos de participação, porque isto só assim é que tem piada… e especialmente com polémicas ao meio. Por isso venham mais trocas, mais polémicas e consequentemente mais participação ativa, coisa que me parece que não vai faltar em breve :) e por fim, resta apenas agradecer a quem nos proporciona tudo isto com um excelente trabalho!


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Os Knicks "roubaram" os Thunder?

  • Claro que sim, escandalosamente

  • Ficaram a ganhar no negócio, mas não é motivo para alarido

  • O negócio foi equilibrado

  • Os Thunder ficaram também melhores




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